Cemitério do Alto de São João

Tipo de Equipamento

Cemitérios

Morada

Parada Alto de São João 1900-053 Lisboa

Horário

1 de outubro a 30 de abril
Abertura ao público: 9h - 17h
Serviços Administrativos: 9h - 16h
Realização de funerais: 9h - 11h30; 13h30 - 16h

1 de maio a 30 de setembro
Abertura ao público: 9h - 18h
Serviços Administrativos: 9h - 16h
Realização de funerais: 9h - 11h30; 13h30 - 16h

dias de finados, 1 e 2 de novembro
Abertura ao público: 9h - 18h
Serviços Administrativos: 9h - 16h30
A última entrada realiza-se 30 minutos antes do fecho.

Serviços de apoio

Instalações sanitárias

Instalações sanitárias

Serviços administrativos

Serviços administrativos

Descrição do equipamento

Criado em 1833 para dar resposta ao pico de mortalidade gerado por uma epidemia de cólera, o Cemitério do Alto de São João servia o lado Oriental da cidade, em complementaridade com o Cemitério dos Prazeres.
Estabelecido inicialmente na Quinta de São João, o processo de expropriação foi complexo e mais longo que o do Cemitério dos Prazeres, pelo que só em 1840 o cemitério foi entregue oficialmente à CML. No ano seguinte, iniciou-se a construção da capela, no centro do cemitério, em frente ao portão de entrada.
A partir do traçado inicial foram sendo acrescentadas novas parcelas de terreno até completar os 22 hectares que actualmente o constituem, sendo que muito desse espaço é utilizado para sepultamento temporário.  
Neste cemitério, a procura de terrenos para a construção de jazigos particulares durante o século XIX foi inferior à do Cemitério dos Prazeres, mas a tendência inverteu-se no dealbar do século XX. Ao mesmo tempo, o Cemitério do Alto de São João começou a ficar conotado com os republicanos, em oposição ao pendor monárquico do Cemitério dos Prazeres: a implantação da Républica em 1910 e a construção de vários monumentos a Republicanos de destaque ajudou a torná-lo o cemitério mais procurado na Lisboa do século XX.
Na década de 1900 é reconfigurada a entrada do cemitério com a construção de dois jazigos-monumentos: à esquerda, em estilo neo-Manuelino, o Jazigo dos Benfeitores da Misericórdia de Lisboa, desenhado por Adães Bermudes, construído para a inumação dos beneméritos da instituição e, à direita, em estilo neo-bizantino, o Jazigo dos Viscondes de Valmor, desenhado por Álvaro Machado, contendo esculturas e pinturas dos maiores artistas da época - Costa Motta (tio), Fernandes de Sá, José Moreira Rato (sobrinho),  Tomás da Costa, Veloso Salgado, Ernesto Condeixa, Conceição e Silva e Carlos Reis –, classificado em 2016 como MIM – Monumento de Interesse Municipal.
Em 1911 começa a construção do primeiro crematório do país, inaugurado apenas em 1925, consequência da dificuldade de obtenção de materiais e máquinas durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1936 o crematório deixou de ser utilizado, ficando inactivo até 1985, quando foi recuperado; no entanto, durante esse período foram autorizadas, no interior do cemitério, cremações em pira para a comunidade hindu residente em Portugal, mesmo durante o Estado Novo.
Nos anos 20, na sequência de um concurso, é criada a Cripta dos Combatentes, a cargo da Liga dos Combatentes, ocupando a extremidade noroeste do cemitério com um monumento que invoca as trincheiras da Primeira Guerra Mundial e encimado pela estátua do Soldado Desconhecido de Maximiano Alves.
Em 1941 são abolidos definitivamente os enterramentos em vala comum e em 1945 é interrompida a construção de jazigos particulares. A partir dessa data, o número anual de novas construções passou a ser residual.
Entre as construções presentes encontram-se obras dos mais conhecidos arquitectos, escultores e canteiros do panorama português dos séculos XIX e XX: Giuseppe Cinatti , Tertuliano Lacerda Marques, Raul Lino, Adães Bermudes, Raul Tojal, Raul Rodrigues Lima, Costa Motta (tio), Álvaro Machado, etc.
Muitas das mais sonantes personalidades do século XIX e XX português encontram-se inumadas neste cemitério, incluindo Almada Negreiros, Ramalho Ortigão, Pardal Monteiro, Rosa Araújo, Duarte Pacheco e Jorge Sampaio.

Entidade Responsável

Direção Municipal do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia (Gestão Cemiterial)

Área temática

Ambiente e Cidade
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